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RAÇA MIURA: A raça mitológica mais brava do mundo

  • Foto do escritor: Farmbr Progress
    Farmbr Progress
  • 22 de set. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de dez. de 2022




Se você acha que a raça Nelore é brava é porque você nunca se deparou com um touro da raça Miura. Os animais desta raça são mitológicos, profundamente admirado e respeitado pelos aficionados. Salvo da extinção devido às touradas, é hoje um importante símbolo ecológico e da proteção da biodiversidade da lezíria e do montado. A raça enquadra-se na espécie Bos Taurus, descende de um animal primitivo, que habitava em liberdade nos bosques de Europa, Ásia e África e que recebeu a denominação de Uro ou Auroque (Bos Primigenius), como era designado pelos povos da Gália.

O seu significado etimológico pode traduzir-se como touro selvagem. O Auroque é um dos animais mais retratados na arte do paleolítico, como se pode constatar nas grutas de Lascaux (15.000-13.000 A.C., França) ou Altamira (18.500-13.000 A.C., Espanha) e na arte rupestre do Vale do Côa (18.000-15.000 A.C., Portugal).


Eram animais de comportamento agressivo e de grande estatura, sendo que a altura média dos machos rondava os 1,80 metros e teriam um peso em redor dos 1000 quilos. Tinham pelagem negra ou flava (alaranjada), com uma lista clara sobre o lombo e uma grande encornadura, com os chifres de aproximadamente 80 centímetros. O Auroque viveu na Ásia (Mesopotâmia), em África (Egipto) e na Europa, chegando ao nosso continente proveniente da Mesopotâmia e Ásia Menor em sucessivas migrações. Há autores que defendem que terá chegado à Península Ibérica vindo do norte de África através do estreito de Gibraltar. O Auroque extinguiu-se no século XVII. O último Auroque foi caçado em 1627, na Polónia, no bosque Jaktorowka.




Quais são as raças que originaram o Miura? As pessoas que não conhecem o mundo da pecuária podem achar que os touros são praticamente todos iguais, mas tal não é verdade. Os touros possuem diferenças significativas entre si, de acordo com a raça que pertencem. Diferenças essas que vão desde o comportamento do touro, até ao seu aspecto exterior, como por exemplo as cores das pelagens.


As raças fundacionais, ou seja, aquelas de onde derivam todos os touros bravos que hoje existem, são as castas originárias de Espanha (Casta Navarra, a raça Morucha Castelhana, a raça Jijona, a raça Cabrera, a raça Vazqueña, a raça Vistahermosa) a raça Portuguesa (Portugal) e a raça Camarguesa (França). Na Brasil é possível registrar alguns criadores da raça Miura. Inclusive há registros de criadores que importaram animais na década de 90 no interior de São Paulo, o objetivo era usar a genética do animal para produzir touros de rodeio. Um caso de sucesso com a raça é o Recanto dos Miuras, em Ibirarema (SP), onde são selecionados animais para o rodeio brasileiro.


São espécies que evoluíram durante séculos enfrentando todos os desafios e que fazem parte do tronco de origem de diversas raças espalhadas pelo mundo. A este conjunto de animais os cientistas dão o nome de: raças autóctones.

Os touros de peleja são animais de pelagem escura, fortes e arredios, criados em pastagens cercadas por muros de pedra. O destino deles são as praças de touros, a tourada é uma tradição milenar da Península Ibérica. O futuro de todas essas raças ameaçadas está nas mãos dos técnicos do Centro de Seleção e Reprodução de Animais da Junta de Estremadura, na província de Badajoz.


Fonte Compre Rural




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